Natureza morta ao chão
Hoje, enquanto descia os degraus do viaduto para pegar o ônibus,
Olhei para o chão e ali jazia uma borboleta de cores fortes e contraste brilhante.
Será que o calor matou o pobre inseto,
Oou foi mais uma pessoa sem noção de bondade?
A bela borboleta tão linda quanto a primavera,
Ali estava sem vida e sem o encantador bater de asas.
Talvez pouco ela tenha aproveitado da sua breve vida,
Ou talvez tenha vivido de mais
E chegou ao final de sua existência por pura exaustão.
Fui tentada a recolhê-la e guardar para mim,
Mas isso com certeza a faria perder a beleza,
Pois em minha mochila as suas asas estragariam.
Decidi deixá-la ali mesmo, onde a encontrei.
Talvez outra pessoa por ali passasse e refletisse como eu,
Ou talvez não.