MEU CHORO DE MÃOS VAZIAS

Minha alma sensível, não tem

descanso.

Qualquer coisa faz-me chorar,

não diria, sem

mais nem menos,

pois em tudo há um propósito,

para esta minha dolorosa doação,

que me corrói peito e coração.

Ele é crianças com fome, velhos

dormindo nas ruas,

ao abandono vil, de seus filhos.

Uma palavra rude, entre

duas pessoas, faz-me lacrimejar,

assim como um desentendimento banal,

entre um casal, que não

encontra paciência, um para o outro.

E menos suporto ainda, sem um acesso

de raiva e de lágrimas, se vejo

alguém bater em animais,

e, atónito, fico notando as

pessoas, passando indiferentes,

à tragédia brutal.

E tudo o que se passa com a natureza,

à nossa volta,

é mesmo capaz de me deixar doente,

culpabilizando-me,

por nada ter feito, para evitar

tamanha violência, sem retorno, e,

choro minhas letras e minhas mãos vazias.

Uma mulher bêbada, é para mim

insuportável; um jovem se injectando, é

meu choro permanente, e, pobres

dos filhos, vendo seus pais agredindo-se.

Choro por não entender as pessoas,

esta raça humana, que vive

se desprezando, tendo apenas a cobiça e

a vaidade, como livro, a eles entendível.

Felicidade é amar e ver nascer, um

novo ser! Eis então, que choro e sorrio.

Jorge Humberto

30/10/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 31/10/2008
Código do texto: T1258373
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