Não pensava escrever...
Não pensava escrever, mas ...
Escrevo, depois de tomar emprestadas
as pontas das nuvens ao céu triste:
Escritor nevoento,
vou uma a uma cravando-as
no coração anuviado...
Espero que, tão mestamente trespassadas
as ânsias e as carnes,
acabem por chover em turbilhão esperanças...