A semente do amor crescia
com as lágrimas da guerra,
e doía no coração
o resultado das batalhas.
A beleza da natureza
estava por trás das barreiras
e o futuro padecia
dentro das trincheiras.
O mar, apenas um cabo
a água, imprópria ao nado.
O vento trazia o grito das armas
e a carne em óbito se transformava.
Os contentores escondiam
os fetos rejeitados,
e as mães que pariam
viam os seus filhos soldados.
O amor a céu aberto
pela lei era pecado,
o sol quando dormia
o recolher acordava.
Tempos de guerra
que muitas vidas levaram,
tempos de guerra que sobrevive
em tempos de paz.