SAUDADE
Nem um esgar, nem um ai, nem palavra nenhuma
Um silêncio raso, no olhar só bruma…
Nada a não ser uma ausência densa
E a pena a crescer numa sombra imensa…
Nem sorriso, nem pranto, nem gesto nenhum
Um vazio nas mãos, na boca o jejum …
Nada a não ser uma lágrima suspensa
E na esperança a bebida que o tempo condensa…