MORTE NO MAR!
Nos seus olhos esvoaçam aves
Seus dedos soltam raios de luz
Suas lágrimas embalam naves
Sem cais, sem porto, sem cruz.
Vai de viagem raiando mares
Com seus cabelos negros luzindo
Em ondas vivas cruzando lares
E a cada passo, flores pedindo.
Rosto em gelo madrugada
Vazio bote, corda à garganta
Aperto forte, no ar espada
Omisso corpo: saudade tanta!