Recordação do amor
Sinto a saudade de amar,
Sinto a saudade de retornar
Aos tempos de pura intensidade,
Quando via o mundo com grandiosidade.
Ainda anseio por apostar
No brilho que o sol pode espalhar,
Vou passando meus dias rasgados,
Com meus retalhos espalhados.
Não sei onde reside a história,
Nem onde se oculta a poesia,
Em uma noite fria e densa,
Sou guiada por olhares estranhos.
E lugares tão escondidos,
Como se vagasse por labirintos
De pedaços tão desprovidos.
Sou aquela que enfrenta, serena,
Tentando manter a fé na vida,
Que tem a estrada animada,
Talvez ame novamente,
Reviva a chama ardente,
Todo o desejo de explorar
E aquela paixão a queimar.