Chão de Cores

O chão onde eu nasci

tinha tons, nuances e cores

Porque as via refletidas nos dias que ali vivi

Das mais vivas às mais sombrias

Experimentando tristezas e alegrias.

Ah! Esse chão da infância!

Pés descalços, empoeirados.

Dedinhos feridos das topadas,

Joelhos arranhados das quedas,

Assim amanhecia a criançada

Pra mais um dia de trapalhadas.

Ah! Esse chão da adolescência!

A descoberta do outro...

Um olhar diferente, profundo

O coração pulsante nos apertos de mãos

As emoções boas e ruins de se apaixonar.

Ah! Esse chão de juventude!

Já não tem mais o encanto,

O prazer, a alegria de estar ali.

Ficou pequeno e entediante!

O coração, a vida quer mais!

Caminhar em outras direções

Já não me caibo aqui.

Ah! Esse chão das saudosas lembranças!

Onde retorno na maturidade dos meus dias,

Sem me importar com minucias, e frustrações de outrora.

Agora desfruto apenas da doce e agradável companhia

Dessa gente do meu querido Panorama,

Que aprendi a amar

Espalhando flores sobre

Um chão de cores!

Entre Flores
Enviado por Entre Flores em 13/06/2023
Reeditado em 14/06/2023
Código do texto: T7813052
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