Chão de Cores
O chão onde eu nasci
tinha tons, nuances e cores
Porque as via refletidas nos dias que ali vivi
Das mais vivas às mais sombrias
Experimentando tristezas e alegrias.
Ah! Esse chão da infância!
Pés descalços, empoeirados.
Dedinhos feridos das topadas,
Joelhos arranhados das quedas,
Assim amanhecia a criançada
Pra mais um dia de trapalhadas.
Ah! Esse chão da adolescência!
A descoberta do outro...
Um olhar diferente, profundo
O coração pulsante nos apertos de mãos
As emoções boas e ruins de se apaixonar.
Ah! Esse chão de juventude!
Já não tem mais o encanto,
O prazer, a alegria de estar ali.
Ficou pequeno e entediante!
O coração, a vida quer mais!
Caminhar em outras direções
Já não me caibo aqui.
Ah! Esse chão das saudosas lembranças!
Onde retorno na maturidade dos meus dias,
Sem me importar com minucias, e frustrações de outrora.
Agora desfruto apenas da doce e agradável companhia
Dessa gente do meu querido Panorama,
Que aprendi a amar
Espalhando flores sobre
Um chão de cores!