Amoras Silvestres
Se lembra da gente correndo
Por entre as avencas e os manacás
Colhendo amoras silvestres
Nas ruas brincando num tempo de paz
Se lembra daquele barranco gramado que a gente ia se escorregar
E pra toda estrela cadente o pedido
Era a gente não se separar
Se lembra da gente na escola
dividindo a cola o lanche e a lição
Dos nossos primeiros acordes
Você numa flauta e eu no violão
Se lembra daquele cipó que a gente usava pra pular no rio
O tempo passou tão ligeiro
De janeiro em janeiro
E a gente nem viu!
O tempo correu mais que o meu rolimã
Quando a gente acordou já era o amanhã
Ja era a infância e a adolescência
Já era a inocência e o sonho mudou
Já era a candura já era uma jura
E o que era doce de vez se acabou