Quisera eu

Quisera eu

pudesse voltar

na aurora da minha vida

a contemplar

a poesia da alma

em cada brincadeira de criança

assim jamais

seria um adulto

triste e sem confiança.

Quisera eu

pudesse entrar em uma máquina do tempo

e voltar para relembrar as brincadeiras de infância

desde o esconde- esconde

até o cola, no rio da vida

quisera eu

este menino que ainda não morreu

pudesse voltar a ser criança

e sorrir como nunca sorriu

quisera eu

que este céu nunca fosse poluído

que este rio nunca fosse assoreado

quisera eu

que tudo permanecesse como no passado.

Ai se eu pudesse

voltar para a aurora da minha vida

debaixo das mangueiras

no jardim da alma

acácias majestosas

brilham no ais

e o orvalho jamais deixa de cair

nas folhas do amanhã.

Quisera eu... que esse sonho... jamais chegue ao fim

quisera eu... apenas... que tudo volte a ser como era antes... quisera eu... como um eterno saudosista infante...

Conde Diego O Poeta
Enviado por Conde Diego O Poeta em 04/03/2022
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