Vã tentativa.

Hei de me despedir
Um abraço
De aperto,
Três beijinhos
E um “até logo”.

Não importa os beijos
Desde que abrace minh’alma
Não se sabe quando a despedida
É a última.
Despeça-te com graça
Com garra
Com amor.

Mas não tem despedida
Que consome
Quebre
O ser
Quando é a última
E você sabe
E você vê,
Percebe.

Os olhos te culpam
O abraço é finito
Por demais
E a angústia
Doída
Que no mundo não há paz
Não mais.

Eu cavo fundo
Longe do mundo
Dentro de mim
Profundo, profundo…
Que é pra me deixar estar
Surdo, mudo
Cego, sozinho
Quieto
Pra nunca mais lembrar.

Vã, tentativa.