restos
restos
resta na face
um resto da doce ternura
impregnada de inocência
lampejos; jovialidade no olhar
aparente quietude, esperança das sementeiras
disfarçadamente oculta-se
entre restos do pudor dos dez anos de idade
aos ventos do norte entregue
resta ainda um pouco da pressa em vir a ser
ah! vento-tempo que punha a voar
na ânsia de crer-Ser
antiga crença de parir as dores do crescer ...
resta apreciar a maturidade
dos retorcidos troncos
uma loucura pela doce-madureza
felicidade-liberdade dos sumos,das resinas ...
entre estes restos ainda
avulta-se tênue perfume de instâncias outonais
um pensar- sentir saudoso
das flores nos laranjais ...
virgínia além mar
poema vinculado ao post no Neratzoula o tempo fugaz das floreiras e laranjais multiply http://vicamf.multiply.com/journal/item/168/Neratzoula_o_tempo_fugaz_das_floreiras_e_laranjais_