SAUDADE
Do término do verão
Do início das estações
Dos clarões
Do inverno frio
Da ave no cio!
Da cor que na pupila guardei
Do tempo que o tempo já não é
Do amargo café
Da estrela vista do sopé
Da folha que balança!
Da canção do córrego
Da folha feito barquinho
Da inocência que não mais vejo
Da tarde sob o enorme coqueiro
Do cheiro de mato verde!
Da roda d'água a girar
Movendo o maquinário do meu avô
Do cantar do pássaro de fim de tarde
Da fumaça do bule na chapa de ferro
Da luz clara daquele sol!
Da abelha que zunia rente a janela
Do tucano no tronco rente a velha casa
Do paiol abastecido de milho,
Da rústica máquina
Da escada do sótão
Do irmão (M) que tocava harmônica
em fins de dezembro!
Saudade da coleção de quadros
Na parede, da Terra Santa,
Do meu Vô Leonardo,
Da margarida do canteiro central
Do cipreste imponente frente a minha janela
do quarto de dormir!
Da cobra d'água que sinuosamente
Passeava pela cerca do jardim
Da solidão saudável da vila de Ribeirão do Campo
Do sino puxado a corda na hora da Ave-Maria!
Saudade, abissal, entranhada na memória!
Quanta!
Do término do verão
Do início das estações
Dos clarões
Do inverno frio
Da ave no cio!
Da cor que na pupila guardei
Do tempo que o tempo já não é
Do amargo café
Da estrela vista do sopé
Da folha que balança!
Da canção do córrego
Da folha feito barquinho
Da inocência que não mais vejo
Da tarde sob o enorme coqueiro
Do cheiro de mato verde!
Da roda d'água a girar
Movendo o maquinário do meu avô
Do cantar do pássaro de fim de tarde
Da fumaça do bule na chapa de ferro
Da luz clara daquele sol!
Da abelha que zunia rente a janela
Do tucano no tronco rente a velha casa
Do paiol abastecido de milho,
Da rústica máquina
Da escada do sótão
Do irmão (M) que tocava harmônica
em fins de dezembro!
Saudade da coleção de quadros
Na parede, da Terra Santa,
Do meu Vô Leonardo,
Da margarida do canteiro central
Do cipreste imponente frente a minha janela
do quarto de dormir!
Da cobra d'água que sinuosamente
Passeava pela cerca do jardim
Da solidão saudável da vila de Ribeirão do Campo
Do sino puxado a corda na hora da Ave-Maria!
Saudade, abissal, entranhada na memória!
Quanta!