AUSÊNCIA
Devo me contentar em esquecê-lo
Paixão inesperada, traiçoeira,
Mordeu-me o coração como serpente sorrateira,
E deixou em mim seu veneno mortal.
Veneno que se espalhou aos poucos,
Num coração "escolado",
Já magoado e ferido,
Há anos sofrido, despedaçado!
Remendado porém, e mesmo com a "cola" da experiência,
Não resistiu tão bem a armadilha fatal.
Num lampejo de sanidade e sobrevivência,
Tentou, desesperado, escapar deste mal.
Porém, mais uma vez precisa se refazer, esquecer.
E curar o "ferimento" com a bênção do esquecimento.
Buscar o amigo de sempre: o TEMPO.
Que tudo leva, tudo apaga, tudo cura.
É ele, e só ele, com quem conto, incansável!
Mas ai desta saudade,
Que um dia irá se fazer...
Daí será mais importante a razão, surgindo iminente,
Tendo a seu lado o amigo tempo, que então, e para sempre,
Levará tudo até se desvanecer...