RUAS DE MINHA INFÂNCIA

Caminho nas ruas solitárias e frias

Percorro noite adentro

As calçadas nuas dos antigos casarões...

Passo após passo

Ninguém à vista,

Caminho sozinho

Somente a minha sombra acompanha-me.

Ó ruas de minha infância!

Tu me viste crescer

Agora és tão sozinha

Muda e quieta...

Percorro como uma sombra

As tuas calçadas.

Tenho ainda a lembrança viva

De quando eras bela e eu, criança

Eras o meu mundo!

Como eu era pequeno

E o mundo tão grande!

Hoje já não penso mais assim

Mudei, cresci como crescem

Todas as crianças.

A minha rua, aquela criança,

Tudo mudou... Que pena!

O tempo passa tão depressa.

O meu bairro, a minha rua

Ficou tão feia, longe, distante...

Que pena, meus dias passaram!

10/06/1996

Manoel de Paula
Enviado por Manoel de Paula em 27/06/2020
Código do texto: T6989362
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