A CASA
Oh casa da minha infância
O que restou de ti?
O que foi feito de mim?
Tu eras imponente e um menino tomado de fantasias
No meu reino de sonhos
Eu era o calor da vida e a cor descuidada da alegria
Mas a vida é feita de realidades infames
Assim nos separamos numa tarde inocente
Você impassível e eu caminhando sem pensar
Para o futuro que que a vida nos reserva
Mas agora que a consciência e as dores chegaram
E minha alma é vazia de cores e triste
Te encontro entregue ã ruina (todos partiram)
De ti sobraram apenas as paredes que o vento assedia
Assim, sou o último pombo que ainda te habita
E tu serás, do que foram os meus sonhos,
sua tumba fria.