A CASA

Oh casa da minha infância

O que restou de ti?

O que foi feito de mim?

Tu eras imponente e um menino tomado de fantasias

No meu reino de sonhos

Eu era o calor da vida e a cor descuidada da alegria

Mas a vida é feita de realidades infames

Assim nos separamos numa tarde inocente

Você impassível e eu caminhando sem pensar

Para o futuro que que a vida nos reserva

Mas agora que a consciência e as dores chegaram

E minha alma é vazia de cores e triste

Te encontro entregue ã ruina (todos partiram)

De ti sobraram apenas as paredes que o vento assedia

Assim, sou o último pombo que ainda te habita

E tu serás, do que foram os meus sonhos,

sua tumba fria.

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 15/06/2020
Reeditado em 19/11/2020
Código do texto: T6977952
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