Quantas vezes

Quantas vezes

Eu senti prazer

Em ler suas poesias

Quantas vezes

Eu me encantei

Com os versos que fazia

Quantas vezes

Você me surpreendia

Quantas vezes

Um novo poema surgia

Era diferente como escrevia

Quantas vezes

Na rede me embalava

Ouvindo a sua voz

No poema que falava

E me emocionava

Ah! Quantas vezes !

No banzeiro eu remava

Olhava o horizonte, na nascente

E via o céu e o rio, no poente

No encontro com a mata e me encantava.

Quantas vezes !

Descia o rio de canoa

Remava léguas pra te buscar

Na subida enfrentava a correnteza

Só pra gente ficar numa boa

Quantas vezes !

Fiz juras de amor toda hora

Nas noites enluaradas

No frio da madrugada

E ao romper da aurora.

Jose Gomes Paes

Poeta e escritor urucaraense

Membro da Abeppa e Alcama