SERENATAS
Recordo com saudade
As antigas e românticas serenatas
Que eu, ainda muito jovem, fazia,
Principalmente nas noites de luar.
Utilizava uma radiola ou vitrola portátil,
E levava os discos de vinil
Aconchegados numa sacola,
Ou empilhados e amarrados
Com um resistente barbante.
Também usava outras vezes um bom violão...
Saudosas serenatas onde as canções de amor
E repletas de romantismo “alçavam voo”,
Indo de encontro aos ouvidos
E ao coração apaixonado
Da minha jovem e linda amada...
Minha doce namorada,
Que lá no seu quarto de dormir
Ouvia cada uma daquelas canções...
Canções que eu, apaixonado,
Cantava ou executava
Na calçada com amor e carinho...
O romantismo e a saudade aumentavam
Ainda mais quando ouvia o canto dos galos
Nas madrugadas enluaradas,
Nas ruas e nos caminhos do meu sertão.
Depois da serenata, pensando na minha amada
Eu voltava pra casa...
Seguia pelos caminhos banhados pela bela Lua...
Lua que brilhava no céu pontilhado de estrelas
E iluminava a estrada do poeta com saudade.
Edimar Luz
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