COLOMBINA, PIERRÔ E ARLEQUIM
Olhar que me avassala, me prende pela cintura
quando minha boca cala, divago mil loucuras.
Em rodopios e arabescos riscamos o salão
posso ouvir com clareza as batidas do meu coração.
Somos assim quando dançamos
Esquecemos os outros ao redor
Bailamos em total sintonia
Como se estivéssemos sós.
Ninguém sabe, ninguém percebe
Corpos entrelaçados
Espirais em febre.
Minha mão em tua nuca
Minha testa amparada em teu queixo
Sabes tudo sobre mim
Sou tua colombina
e você meu arlequim.
Pobre pierrô , apaixonou-se por mim
não suspires por esse amor sofrido
sou colombina, decidida e interessada
Num certo e saltitante arlequim
Márciah
18/XI/19