Idas Primaveras

Em Maio te foste por entre as moitas

E sequer no mês de Maio voltaste

Nem na manhã, nem no sol posto

Não voltaste em Maio e nem em Agosto

Não voltarias nunca, como disseste

E assim de tempo em tempo espero

Como no Inverno, se aguarda o Sol

No tempo certo, que te sei incerto

Como o botão que aflora a Primavera

Em Maio te foste e me prometeste

Mês de Maio, que te sei mais quente

Não mais voltar, neste mato agreste

Quisera ser Maio para ir contigo

Ou a Primavera, pra te ver florir

Ou mato agreste pra te ver correr

E voltar contigo em pleno Agosto

Sós, na manhã, não no sol-posto

Antonio Noronha 14

antonio noronha
Enviado por antonio noronha em 20/09/2019
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