O AGORA

Pelas frestas onde o carinho se isola

recobra a luz o meu caminho sem volta,

os olhos que em escuridão se abreviam

temem o fulgor do sol e desalumiam,

entremeios e maldito eu vago e transito

por estados do dia que não são hora

e desabitado do tempo de mim agonizo

sem existir senão no instante que chora.

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 09/07/2019
Código do texto: T6692306
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