O AGORA
Pelas frestas onde o carinho se isola
recobra a luz o meu caminho sem volta,
os olhos que em escuridão se abreviam
temem o fulgor do sol e desalumiam,
entremeios e maldito eu vago e transito
por estados do dia que não são hora
e desabitado do tempo de mim agonizo
sem existir senão no instante que chora.