Quase
Quase...
E vi teus olhos fechados
Os pássaros..as folhas..
Tudo foi silenciado..
E veio o frio..a fina chuvinha
De meus olhos incrédulos
A dor só minha...
Foi de joelhos em Oração
Que fiz ao Pai o primeiro pedir
Desse a mim teu fim
Faltou a compreensão...
Doia por ti..doia de ranger
No silêncio.. teu corpo
Ao qual eu quis voltar
Me aquecer e me abrigar..
No crucial da vida..eu nada..pude fazer...
A cruz do nada..é uma chaga..
Uma ferida de Jesus...
Nunca mais meu riso franco..
Um outubro eu me lembro..
Nós duas aprontamos..
E brincamos..vadiamos..
E nem chegou ao fim..
Teu lindo rosto..
Teu cheiro..teu cabelo..
Teu zelo a mim..
Teu batom quase cetim..
E essa saudade do abraço
Do laço feito de dores..
Aprendi a viver..
Sem te ver..
Sem nossas brigas..
Sem metade de mim..
Vou seguindo a vida...
Te beijo minha mãe...
Dorothy Carvalho.
Gyn, 25. 10....