SEU MÁRIO, MEU ITALIANO QUERIDO
Como me lembro do Seu Mário!
Lindos olhos castanhos esverdeados
Quantos momentos tenho guardados!
As grandes mãos segurando meus punhos fininhos
Ele dizendo:
Como são magrinhos
Dá até receio de quebrá-los
E nossos papos!
Nossas longas conversas
Sobre Deus, sobre a vida, sobre os caminhos
Pai, desencarnaste, mas me deixaste
envolta em carinhos
Partiste me abraçando
O infinito estava te aguardando
Nem posso crer que quase vinte anos se passaram
desde aquela despedida
Ainda bem, meu pai, que acredito na vida após a vida