CANTIGA AO LONGE
CANTIGA AO LONGE
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Longe por onde andam os sonhos em se realizar,
De um grito longínquo a refletir vozes a um eco,
Uma voz desponta por bem longe a alguém chamar.
Daquilo que reconhecemos a significância de um estimado treco.
Reluzente a uma exclamação direcionada a quem a ama,
Vendo a amada ao longe esperando ela a se aproximar,
Uma intensa labareda numa faísca que surge pra uma forte chama,
A corrida às pressas pelo momento esperado de se abraçar.
As carícias prontuários esperando a hora de acontecer,
Delícias perícias dos encontros das bocas a se beijar,
Escuridões distantes pelas necessidades a que se possa ver,
A aproximação de cada passo a que tenha que pouco ou muito andar.
Que compraz a luz distante refletida por uma envolvida sombra,
Diferenças daquelas da coincidências de surpresa a conhecer,
Vultos indefinidos pelos esboços estátuas que a algo assombra,
Pelo que desejamos e que a qualquer dia possamos a ter.
Pelos esconderijos que por detrás a surpresa esconde,
Longe chegando por perto querendo concretizar;
Vagões encontros as horas marcadas dos trens, ônibus ou bondes,
De um lugar a que vem ansioso de logo chegar.
De uma voz coerente que exalta que a alguém a ama,
Apaixonado a ponto de pelas luzes das cidades a anunciar,
A cor e estampa de um coberta sobre os deleites de uma cama,
A quem levamos por aquela mais bela a quem fomos gostar.
Pesos sobre os pesos aguentados pelos pigmentos de cada grama,
Sabores recheios pelas delícias que as vontades a esconde,
De um gostoso relacionamento ovacionado pela atitude de uma inicial trama,
As cantaroladas que o silêncio ressoa tranquila por uma cantiga ao longe.