CONSOLAÇÃO
CONSOLAÇÃO
Abriu-se uma ferida em meu peito,
Desde o dia em que tu foste embora,
O meu coração descompensado sem jeito,
A minha alma tristonha louca chora.
Amargo a dor da triste solidão,
Deitado no silêncio da noite,
Sofre calado o meu coração,
Brisa fria como açoite.
Contudo, não falo nada,
Solidão é companheira,
No intenso frio da madrugada,
A tremer a noite inteira.
Fui eu quem o quis assim,
Então não posso lamentar,
Se murchou as flores do jardim,
Amanhã mesmo vou replantar.
Busco em Deus consolação,
Pra amenizar o meu sofrimento,
Tirar do peito a ilusão,
Trazer de novo contentamento.
Itapipoca, 06/12/2018.