DAS LEMBRANÇAS

DAS LEMBRANÇAS

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Sensivelmente a vejo pelos horários reagentes dos realejos,

As brincadeiras divertidas as marcas estigmatizadas dos desejos,

Dos traços a estudos silenciados pelo sigilo daquilo que é mudo,

Falando e descrevendo a ilusão ligada alusão dos símbolos felpudos.

A solidão que fustiga a lembrança numa chama que da proximidade a arde,

Pelo abandono do esquecimento pelo branco que da poeira a encarde,

Observando a espera aguardada pela tragável paciência na observação,

Dos arrependimentos a remorsos revigorantes conscientes de retratação.

As linhas a cada linha nas preces as suas fervorosas ladainhas,

Ruas das procuras capturas pelos encalces das retas nas alinhavadas linhas,

Das cores refletidas ou mesmo a simultaneidades das escolhas preferidas,

Preenchimentos das faltas as imagens imagináveis as permissões das guaridas.

As mudanças dos costumes contadas pelos números de uma solidão,

Diminutos lugares expostos ao olhares atravessados por um pequeno vão;

Das fisionomias dos saudosos rostos a atribuição da vontade de cada gosto,

Aparências as sentinelas instruídas a localização do seu posto.

Como material usual de nada a comparar na complexidade como outra igual,

Desgostos a despontar nos recursos a que ergue qualquer afagado astral,

Nas demoras por tempo a tempo pelos impulsos que a surgem como adventos,

Fugas dos ventos banhados pelos solitários utilitários relentos.

Por um flash reavendo as cenas de uma marcante encenação,

A melodia viável de cada momento a causticante deparação,

Pelo formato de uma miragem distante que relampeja adiante,

Dos sonhos recordando o momento inesquecível como realização concomitante.

Nos bailes das danças pelas madrugadas acompanhantes,

Escoriações extasiantes as chegadas recebidas dos viajantes,

Descrições dos traços traçados das mensagens várias vezes lidas,

Na visão mais bem elaborada a enfeitada beleza produzida.

Por uma gaveta a uma lembrança a estar carinhosamente guardada,

Joias relíquias de um símbolo por uma prenda bastante estimada;

Guardadas aos traços nas recomendações amarradas pelos lacrados laços,

Vultos que surgem nas escuridões vagando por pensáveis espaços.

Das procuras nos longos instantes perdidos pelo consolo da conversação,

Tudo que passou assume o conformado papel de uma instigável consolação;

Entendo os fatores pelos significados quantitativos das relevâncias,

Copo, broche, cordão fazendo parte desta descrição restauradora como das lembranças.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 05/09/2018
Código do texto: T6440089
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