Pátina do Tempo

A mesa de madeira

Recebe a pátina do tempo...

Os sons do passado

Ao poucos, silenciam-se

Despem as camadas de cores,

Uma a uma, como se vidas fossem

Substituídas num eterno renascer,

Num bailar de tons e sobre tons

Que lembram folhas do plátano no outono...

Ah, e os aromas de queijos e vinhos,

Ainda permanecem,

Fazendo companhia

As duas taças de cristal vazias

E a faca de prata...