Meia noite...
Era hora de fechar a mala sem olhar pra trás...
Sentou na cama desarrumada,
e olhou ao redor do quarto.
Era uma despedida.
Apagou algumas memórias,
E deixou de lado aquela gente tóxica
que tanto achou que precisava.
Contou nos dedos as bocas beijadas,
os abraços dados e as bebidas tomadas.
Mas no fundo sabia que seu coração triste se fazia
por que nada daquilo lhe era melodia.
Nada casava, nada insistia.
Caminhou até o espelho e notou as pequenas mudanças.
O cabelo comprido, os quilinhos a mais,
uma nova ruga perto dos olhos,
um vinco na face marcando o sorriso...
Tudo mudará tão rápido e tão imperceptível,
Era difícil entender.
A meia noite chegou,
e com ela o celular aceso em uma mensagem sem ser enviada
"Sinto sua falta..."
A mala jogada ao mar, as lembranças bem enterradas.
Uma nova vida se iniciava.
Do outro lado da vida outra mensagem também morria.
"Preciso de você..."
A Roda ainda girava,
Essa não era a vida, esse não era o momento.
E a hora? Bom.
Está sempre se faria errada...