MINHA INFÂNCIA

Passaram tempos mais a imagem

Ainda vive presa em minhas lembranças;

E eu não era mais aquela criança

Que corria pelas ruas de terra batida descalço,

Garoto que subia em arvore sem medo de cair,

Jogava bola no campinho de terra.

Garoto que tinha nos lábios um sorriso puro,

Que tinha no olhar alegria, peraltice,molecagem,

E que tinha no pensamento sonhos,

Lindos sonhos de crescer e ser rico e comprar carros,

Não tinha televisão, trabalhava para ajudar a mãe.

Quando brincava de carrinho de caixa de fosforo

No quintal de minha humilde casinha pobre,

Nos olhos daquela criança podia se ver

Uma imensa felicidade de ser livre feito o vento

Alegria de ser o que sonhava e imaginava

Que era feliz, que tinha o mundo para brincar.

Teu riso criança tens tanta calma,

Teu olhar transborda de alegria a minha alma.

Não sabia o que era tristeza, de pobreza.

Na hora de se recolher abraçava o frio sem certeza.

De que no outro dia seria mais quentinho,

Mais passávamos os problemas quietinho, sozinhos.

_____Nillo Sergio.

@PoetaDoBalcao.

poetadobalcao
Enviado por poetadobalcao em 25/11/2017
Código do texto: T6182011
Classificação de conteúdo: seguro