Pedras Coloridas
Às vezes vem o choro,
De mansinho.
Das tardes de jardins e abelhas.
Do cheiro lento do café fresco na tarde morosa.
Algumas vezes, chegam as lágrimas.
Ouvi dizer que elas, as lágrimas, são joias produzidas quando o corpo já não comporta a emoção.
Às vezes são silenciosas.
Em outras, assustam o silêncio da noite.
Há dias em que o olhar se torna baixo,
O coração até um tantinho pesado, pelo que foi e já não existe mais.
Há horas em que chegam as lembranças.
De malas na mão e livros de memórias abertos.
Um aperto na garganta,
Tantos questionamentos.
Há dias e dias.
Em alguns senta ao meu lado a saudade.
E me faz companhia a astuta tristeza.