As Gárgulas, o Lobo e a Lua

Madrugada,

Da torre mais alta

Do antigo castelo

Seculares gárgulas despertam

Do mármore libertam-se

E, renascem,

Enquanto, no jardim

Um lobo admira

O reflexo da lua

A flutuar na fonte,

Imóvel o lobo

Apaixona-se...

Sonha com o beijo da Lua,

Que cintila em seu olhar

Deseja alcançá-la,

Possuí-la,

Um romance impossível...

As gárgulas, agora,

Curiosas, mas em silêncio

Aproximam-se do lobo,

Elas entendem de solidão,

De saudade, e sentir

A passagem sem pressa

Do tempo e tão pouco

Tempo para amar...

Lágrimas deslizam,

Começa a chover...

***

https://www.youtube.com/watch?v=ptrns6WTqBw

Alone wolf (Original)