Às vezes flor, às vezes pássaro ...

Às vezes sou flor,

Dessas do tipo nobre, um lírio.

Que se vê despedaçar em martírio,

Mas que mesmo assim, sela o amor.

Mas,

Às vezes sou passáro que voa,

Que brinca no céu livre, solto, em paz.

Dou volta em arranha-céus, busco o que me satisfaz.

Balanço minhas asinhas, rindo à toa.

Como flor, me resigno a ser apenas bela,

Em esperar um toque seu de vez em quando,

Sua ausência me entristece, mas vou esperando.

Quero ser a cor exclusiva de sua aquarela.

Como pássaro, faço de conta ter liberdade,

Vôo aqui, ali, finjo estar tudo bem.

Mergulho no espaço, brinco enquanto você não vem.

Queria ver seus laços rompidos, voar ao seu lado pela cidade.

Flor ou passáro?

De quê importa? Se ambos querem a mesma coisa ter?

Um toque seu, o amor, ou a vida inteira para esquecer!

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 18/07/2007
Reeditado em 18/07/2007
Código do texto: T569523