O começo dos dias
Tardes frias remontam o vivido
Aquele sussurro quente por detrás do olvido
O brilho sincero do sol sobre as águas frias
O mar fugidio se arrepia
A praia vazia, dística e proibida
Saboreia o ermo da vida ábdita
Natural corpo arfante brozeado no calor
Da espaço a saudade estampada no torpor
Cabe na poesia feito o corpo de uma amante
Como o som dissonante da mata resguardada
A voz do dia iniciante treme ao som do frio
Junho cumpre a sentença e o sol suspira o vazio