A FALTA QUE ME FAZ! - Poesia nº 59 do meu primeiro livro "Em todos os sentidos"
Ai, Ai!...
Como sou agora o que eu não esperava ser,
Um ser tão perdido nas minhas lembranças...
Vovó, que falta me faz você,
Mulher baixinha de chinelos!
Queria pegar nas tuas mãos como antes,
E ficar contando os pontinhos de sardas
Dos seus braços, te fazer muitos carinhos!
Nunca me agrediste ou disseste palavras feias,
Até mesmo quando eu já estava fazendo artes;
Ah, meu pedacinho do céu, minha Dália em flor!
Consigo sentir o cheiro dos seus cabelos,
E das suas roupas típicas de uma vovó,
Aromatizadas por gotas do perfume Tabu,
Que você sempre usava, em toda ocasião.
E tudo isso neste seu quarto, onde eu tristemente
Vi-te e senti dar, o seu último adeus num suspiro!
Deixe-me ir visitá-la um dia Vovó...
Assim..., poderei dormir no seu colo
E nunca mais vou separá-la de mim,
Nem que seja ao menos em sonho...
Eu te amo, te amo tanto...!
Deus te abençoe querida!
Que todos os anjos te vistam o espírito,
Com as roupas brancas da eterna paz!
Joinville, 22/10/1992.
Ps. Poema em homenagem a Josefa Fagundes Cardoso,
a minha avó materna - (em memória).
Eduardo Eugênio Batista
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