SAUDADE QUE DÓI!
– Dedicado à minha adorada Nancy –
Anoiteceu...
Apagaram-se as luzes no chão da terra.
Espremidas entre a tarde e a noite
As garças e as cotovias
Bailam gorjeios na beira do lago
Saudando as toutinegras e as corujas
Que vêm, como quem tem sede,
Se refletir no espelho da madrugada...
Na quietude do meu quarto
Quero esquecer a dor da saudade
Que se espreme dentro do meu peito.
Tento adormecer meu pranto
Segurar essa dor que não tem jeito
Recordar momentos de acalanto...
Mas no silêncio quieto do meu quarto
A dor é intensa e o momento é atro...
Tu partiste dos meus braços
Açoitada pelo vento frio
Como frágil folha de outono
Rodopiando em desvario.
By@ Anna D’Castro
R.J., 8/5/2010 data da morte de Nancy
a minha adorada gata persa de 16 anos – a minha Nancynha