SAUDADES MINHA. ESPERANÇA; NÃO LHE PERDI.

E você apareceu como promessa.

Iluminou-me as sombras que existiam em mim,

Secou-me as lágrimas,

Com sorriso nos olhos,

Amoroso toque de mãos,

Levou-me por caminhos, que,

Já eram vestígios de felicidade passada.

Como cacto em sol ardente também necessita da água,

Saciou-me de sede forte.

Como a criança perdida em rua tomada por gente,

Gente de todas as formas, de todos os sentimentos,

Aceitei sua mão amiga e,

Após tão pouco tempo, pergunto-me, ou pergunto-lhe:

Por onde, para aonde quer levar-me?

Sinto neste jardim oferecido que,

Por entre flores mil,

Espinhos despontam e,

Mesmo que eu deles desvie,

Sinto penetrar em meus poros,

Tocando em feridas que,

Com ajuda de outros,

Que, amorosamente,

Doavam o doce remédio, e,

Neste momento, novamente, difícil,

Mesmo que deles eu desvie,

Quase me atinge o coração...

Por favor, deixa-me ou,

Leva-me por caminhos melhores,

Caminho seguro, ou,

Solta-me destas mãos que,

Agora, arrasta-me por vias que,

Sinto o sofrimento e,

A dor se faz...

Deixa-me gritar ao Universo e,

Quem sabe, você faça parte dele e, ouve...

Procuro no seu sorriso a paz que mostra.

Em suas mãos, o carinho que oferece.

Em seu olhar, a segurança que demonstram...

Ou deixa-me aqui.

Farei o caminho de volta.

Ao recomeço da esperança,

Esperança minha,

Repleta de dificuldades,

Em todos os dias, procuro,

Forças para,

Que consiga dissolver a elas, como se,

Massa gelada fosse..

Solta-me.

Entrega-me ao vento e,

Nele serei feliz...

Não se desculpe.

Não chore se,

Em seu caminho, não mais eu estiver...

Fui ser feliz.

Voltei ao caminho da esperança, que,

Não perdi.

Mas, ainda assim,

Eu lhe amo.

Porque,

Aos espinhos,

A erva daninha,

A tempestade,

As tormentas,

Com amor ao Criador nosso,

Ensina-me o amor verdadeiro,

Incondicional,

Sem a espera do retorno.

Por isso afirmo-lhe:

Eu a amo,

Amor por tempo indefinido.