SOBRE SAUDADE

Vem logo, vem

Me empresta teus braços

pois pertence ao meu travesseiro

as lágrimas choradas por ti.

Vem logo, vem

que a saudade

me arranca o peito

e nenhuma canção

tem mais o efeito

de me acalmar.

Vem logo, vem

que o orgulho

Me faz encontrar abrigo

na doce solidão

e dá medo a paz

Não importando como a casa se faz.

Vem logo, vem

que me bate uma tristeza

e também uma vontade de correr

e sentir o vento lavar

as lágrimas

levando-as de encontro à boca.

Vem logo, vem

que nenhuma poesia

preenche a mão vazia

que esconde as marcas da solidão

de uma noite solitária

sem calor.

Vem, volta logo

meu amor.

Caio Balaio
Enviado por Caio Balaio em 15/01/2015
Código do texto: T5102511
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