SERTÃOZINHO
Sentindo o cheiro do mato,
Com cantos do passarinho,
Solto meu desabafo,
Mesmo estando sozinho.
Debaixo do meu quiosque,
Coberto com palha de ubim,
No meio daquele bosque,
Sinto um cheiro de jasmim.
Na beira de um igarapé,
Quando chega a madrugada,
Eu fazendo meu café,
Ouço o som da bicharada.
Os macacos de um lado,
De outro arapuã,
Bois berrando no cercado,
Vejo o claro da manhã.
Assim que o galo canta,
Já pulo de minha rede,
É hora que se levanta,
E jogo os trapos na parede.
Já ascendo o meu fogão,
Boto água pra esquentar,
Já cozinho meu feijão,
E o leitinho, vou tirar.
Quando o dia amanhece,
Pego a foice e o apetrecho,
Enquanto não entardece,
Minha roça eu não deixo.
Pelo sol eu vejo a hora,
Com cuidado e capricho
De comer e ir embora,
Pra cuidar dos outros bichos.
Duvido quem saudades não tenha,
Visitando minha palhoça,
Comida do fogão a lenha,
Quando se chega da roça.
A fonte da liberdade,
É o canto do passarinho,
É o murmúrio do boi,
É o silencio do sozinho.
É o barulho das pisadas,
É o som da natureza,
É a forma de cada nuvem,
Um encanto da beleza.
É o sol que nasce ardendo,
E a chuva que se cai,
É a noite escurecendo,
E o dia que se vai.
É o momento de explicar,
Quão grande satisfação,
O poeta aqui declara,
O que sente o coração.
Autor; Gilson R. Albarracin
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