os caminhos que te levam
Subindo...
E descendo serra.
Por estas, estradas da vida.
Na boleia do meu bruto
Por tempos fiz, minha morada.
Mas, com os anos, tudo mudou.
Hoje já velho e cansado.
Só me restam saudades.
Dos meus tempos de estradeiro.
Dos meus irmãos caminhoneiros.
Companheiros de jornadas.
Por este lindo, chão brasileiro.
Do Norte ao Sul, tanto fazia.
Era o que eu sempre dizia.
A cada carga que eu pegava.
Pelas estradas, eu saia feliz.
Levando, buscando cargas.
No meu bruto transportando.
Pelos Pampas, Sertões e Caatingas.
A carga mais variada, também levava.
No coração, a carga mais valiosa.
A saudades da mulher amada.
Que sempre ficava, esperando por mim.
A cada viagem minha, ela dizia.
Jamais esqueça, os caminhos que te levam.
Eles o trarão de volta, ao nosso aconchego.