Viajante eterna

Achei que a saudade seria apenas uma viajante.

Vem, mais vai.

Mas não. Ela veio.

Mais nunca mais foi.

É uma saudade que já foi raiva.

Passou para dor.

Depois virou mágoa.

Depois uma lembrança boa para se guardar para sempre.

Então virou uma lembrança vaga.

Difícil de lembrar, mas lá, comigo, para bater aquela saudade...

Que vai e volta.

Enfraquecida pelo tempo, mas que persiste em ficar.

Aqui.

Dentro de mim.