POEMA DE AUSÊNCIA

Você se ausentou da minha vida

e tudo ficou ausente

feito uma semente oca

de feijão

envolta em algodão

sintético

que eu fico olhando

arrítmico

e nada cresce;

não resta nada

poético

nos mínimos

detalhes

dos entalhes

em pedra

e na ferida

funda

afunda

a faca

no coração

que ausentando

a dor de tua presença

dá sentido

a um novo tipo

de sentença

não proferida

só sentida

fria

com um copo de Vodca

e um prato

do feijão!

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 28/06/2014
Reeditado em 04/07/2014
Código do texto: T4862249
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