Presença na ausência de um canto
Mãe, de chamar-te
Canto, de ouvir-te
Rezo, de saber-te
Tempo, de correr-te
Sonho, de viver-te
Escrevo, escravo da memória
Das consultas que me fazia
Toda vez que escrevia
Canto na lembrança do seu canto
Em um canto qualquer, solitário
Madrugando o meu pranto
Rezo, não desprezo o ensinamento
Que aos três filhos destes
Já bem cedo, em nossa casa
Tempo que contemplo de saudade
A mãe que tive e ainda tenho
Eternizada em meu peito no sentimento
De manter-te viva e o que me importa se não física?
O amor permanece
Por incrível que pareça
Ainda cresce me ajudando a ser melhor
Junto a Deus, sou obra tua Mãe
Eternamente tua