COMO É DOCE IMAGINAR

Há! Como é doce imaginar o improvável...

Fica a saudade de um sonho irrealizado

do que poderia ter sido, se fosse diferente!

Se o 1500 tivesse sido uma visita de amigos

de uma corte para outra sem presentes alheios.

Há! Como é doce imaginar o improvável...

Quem me dera ter aprendido a história

dos nossos heróis numa batalha longínqua?

Se nossos recursos estivessem ornando

nossos monumentos e alimentando nosso povo!

Todavia, estamos em pleno mar revolto

em dias de incertezas e portos distantes.

Estamos entre estranhos e nos movemos

vagarosamente no meio de uma terra vil.

Nossa história ainda será contada

pelos nossos cancioneiros mais fiéis.

Ainda se dirá de nosso povo

o que não foi dito nos livros populares.

Ainda se dirá que este povo renasceu

vencendo suas próprias iniquidades pátrias.

Que renasceu de suas próprias mãos sujas

e sobressaiu impoluto no meio de tantos

e outros dominadores parasitas que temos.

Ainda se dirá deste povo, que ousou sonhar

e imaginar, que o improvável seria possível.

NivaldoRibeiro
Enviado por NivaldoRibeiro em 08/09/2013
Reeditado em 23/03/2014
Código do texto: T4472489
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