NAS ASAS DA SAUDADE O PENSAMENTO VOA

Quisera eu vivenciar novamente

Na lentidão da tarde

Quando o vento embalava dolente

Trazendo até mim

O perfume das flores do laranjal

Das roseiras cravos e jasmim

Sorvidos no jardim e no quintal

Com o sol mergulhando no horizonte

Tingindo de ouro o infinito

Anseia a noite seu vesperal

Verde... Os bandos de periquitos

Vindos do arrozal

A buscar os ninhos transpondo os montes

No contraste... O ocaso boreal

Sem pressa a escuridão puxava seu manto

Longínquas pirilampavam estrelas

Pássaros pretos se agasalhando

No meio do bambuzal

Conflitando com as rolinhas

João de barros e andorinhas

Foram assim minhas tardes

No meu cotidiano rural!

Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 26/07/2013
Reeditado em 26/07/2013
Código do texto: T4405946
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