A ÚLTIMA CANÇÃO DE AMOR
Uma canção ressoa de dentro de meu espírito e
entoa na mais bela melodia; uma poesia em forma
de canto, de um lírico encanto que perfaz a vida
e a morte, o espírito e a matéria, o criador e a
criatura.
Há uma melodia que ecoa dos confins do mundo
e não se perde no tempo, nem nos pilares da
matéria; Sua base é sólida e impenetrável aos
descrentes e falsos sábios.
É preciso humildade para senti lá, é preciso ser
singelo ao que lhe eleva e transcende. É
preciso apenas sentir o poetizar, o embalar da
vida, das palavras, da última sinfonia que agora
se faz real.
Esse canto brota dos anjos, dos elfos e humanos,
dos pássaros e lobos; de tudo que há amor e
vida. Tudo por fim, conspira, inspira, todos a
proclamar e declamar a última canção de amor.
Esse canto é o único a tudo superar. É chama
vida, é a morte é a vida, é tudo que veio e virá,
é coração pensante, o descompassado
do coração amante. É amor além do medo,
é o amor além do segredo, do sexo, do corpo
da classe e religião.
É o amor amado, é amor igual, é amor celebrado
em todos os corações.
E como não dar ouvidos ao que escutamos a
cada pensar, a cada música que tua imagem faz
lembrar, e como não prometer a lua, e sob
uma lindo luar, uma lágrima não se materializar e
escorrer sob a face ao ouvir essa última canção
tocar.
O essencial é invisível aos olhos porque
simplesmente são seus olhos e o pulsar de teu
coração que me permitem viver, infinitamente,
escrever sobre essa última canção, que até
hoje nunca se fez fim, apenas uma pausa para
que na lucidez de minhas alucinações, e
abstinência eu voltasse a ter saudades de
você.
E que esse canto se continue a se fazer um
eterno encanto, um sonho de amor que PARA
TODO O SEMPRE viverá em mim.