AFLIÇÃO

Aflição é vê-la de olhos fechados,

Repousando ao seio, mão fria,

Tão indiferente à luz do dia,

Em mês de céus dourados.

Envolta em lençóis acetinados,

Dorme e dormindo nada cria,

Enquanto a terra abre boca tardia,

Com ânsia brutal pelos desenganados.

Meus olhos pendendo orvalho,

Olham para o chão e a atmosfera

Desejando o eterno agasalho

Para que reveja sua linda feição,

Pois neste mundo nada me espera,

Se não o abrir do mesmo chão.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 17/03/2013
Reeditado em 02/02/2014
Código do texto: T4193651
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