Um grito de saudade
 
 
Este violão que eu tenho nos braços
Eu ganhei de meu pai ainda criança
Entre as coisas que papai me deixou
Este violão é a minha maior herança.
 
Nas noites enluaradas ele cantava pra lua
Este violão era seu eterno companheiro
Mas o peso dos anos paralisou suas mãos
E a lua perdeu pra sempre o seu seresteiro.
 
Eu não herdei o dom pra seguir seus passos
Se hoje abraço este violão é pra matar a saudade
Do tempo que o tempo levou só restaram lembranças
Lembranças amargas que machucam de verdade.
 
Cada lembrança é uma nota de uma triste canção
Canções que eu sonhava cantar com alegria
Mas o meu canto é um lamento de tristeza e dor
Um grito de saudade renascendo dia após dia!
 
 
Volnei Rijo Braga: Pelotas: 17 / 01 2013
 
 

 
Volnei Rijo Braga
Enviado por Volnei Rijo Braga em 17/01/2013
Reeditado em 17/01/2013
Código do texto: T4090387
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