Posso não ter nada...
Para muitos tenho pouco...
Para mim... tenho muito...
Na extrusão do tempo...
Fendas se abriram...
A minha vontade buscou você...
Mas...
Não lhe encontrei...
Pensei lhe encontrar...
Você se foi antes de durar...
Dominada por reais pensamentos...
Decididamente...
Resolvi me catar...
Poderia aqui criar uma alento trágico...
Mas não é o meu feitio...
Gosto de falar do belo...
Da beleza da vida...
A minha saudade lhe busca sempre...
Volto atravessando de volta a porta
que se abre...
Não quero mais lhe lembrar...
Não devo mais lhe querer...
Você é bonito...
É tudo de bom...
Mas não devo falar...
Nem desejar...
Você é só uma imaginação...
Não tenho nada a esconder...
A vida é a minha dedicação...
Vejo mais que deveria...
Mesmo me perdendo...
Em alguns momentos vejo com teus olhos...
Faço parte da ruptura do teu tempo...
Mas nada é um começo...
É tudo o fim...
Como uma dançarina que acredita...
Tentei expressar meus movimentos...
Com ações e paixões...
Com palavras simples e desprovidas de vaidades...
Mesclei meus sentimentos...
Busquei mimos que antes não vivi...
Queria tanto te dá e sentir...
Utilizei todas as minhas expressões...
Senti... chorei... gritei... amei além da paixão...
Sonhei... imaginei... esperei além de tudo...
Suportei a falta como uma saudade bonita...
Fui além que alguém acredita...
Não posso viver e aceitar a prática do vício...
Busco e luto pela virtude...
São nas falas...
Nas ações...
Nos pensamentos...
No coração...
E...
Na dança...
Que moram as diferenças...
Somos inventores de tudo...
Da alegria...
Da harmonia...
Da vida...
Da comedia...
Da tragédia...
Da dor...
E...
Da morte...
Não vou imitar o mundo...
Não vou nunca ter com isso prazer...
Por muito tempo...
Antes que o tempo me leve...
Vou admirar a paisagem que está a minha frente...
Quero sempre reproduzir as minhas belas ações...
Posso não ter nada...
Mas...
Que sempre prevaleçam as melhores emoções...
Um dia...
Nos teus pensamentos...
Junto com o teu corpo...
Conheceras as saudades de mim!!!
04/11/2012