Viajame, agora, você

As linhas já não se encontram

Pegue minha mala e guarde tudo meu

Pegue minha mala e jogue o todo meu

Pegue minha mala e jogue o meu

Mas guarde o que é de fato seu

Pegue sua mala e guarde tudo teu

Pegue sua mala e guarde o todo seu

Pegue sua mala e guarde o seu

Mas não se esqueça daquela velha foto

Nem das traças que mastigaram o eu

E o teu que não é mais meu ainda me cala

Mas não esqueça aquele pedaço de memória

Que surtia riso outrora dentre as badaladas

Lembre-se do que é de fato teu mas ainda seu

Que lateja e pulsa por poucos tempos

Mas não tão poucos que vivemos o meu e o seu

Ainda caminha matilha consoante

Não leve assim tão rápido o que é seu, mas meu

A não ser que me leve de fato, por fim,não o acaso

Dos chacais mal apisoados de vinheta

Ria hiena, mas guarde me junto ao seu

Pois o baloeiro teu, cabe dois seus

Por fim recolha a chaga dos teus

Com os pedaços de eu junto ao flauteio

Que me leve ligeiro como o meu

Junto ao seu