NOTURNOS RESÍDUOS
Hoje estou cercado por noturnos resíduos
Em uma profusão de alusões sentimentais
Taciturnas palavras calam em meus lábios
Mas meu indomável pensamento tacitífluo
Nas imensidões de nossos desertos individuais
Onde mesmo o sono torna-se estupefaciente
E o amanhã amanhece em mim com voracidade
Mas a noite acompanha-me com sofreguidão
Com todas as alegrias e medos nela infatigáveis
E segue o ciclo desse distanciamento instado
Nas tuas vastas e libertárias individualidades
O buliçoso alvorecer de esperanças solitárias
Onde perscruto teu solerte e exótico olhar
Na azáfama de um instante de tua atenção
Tentando compulsar nele meu novo arrebol
Pelo assaz desejo de um novo re- recomeço
Livre dos todos os grilhões de minhas vicissitudes
Mergulho no espectro espaço de tuas interrogações
Com as asas dessa inquiete e constante saudade
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